Parlamentares e aliados de MS reagem à denúncia da PGR contra Bolsonaro
- porRedação
- 19 de Fevereiro / 2025
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A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, por suposta tentativa de golpe de Estado, gerou reações distintas entre parlamentares de Mato Grosso do Sul. Enquanto aliados de Bolsonaro classificam a ação como perseguição política, opositores apontam que o processo era esperado diante das evidências apuradas.
O deputado estadual Rinaldo Modesto (Podemos) evitou um posicionamento definitivo, mas destacou a importância do devido processo legal. "Não conheço o processo! Porém, a nossa Constituição nos dá a garantia do princípio do contraditório e ampla defesa, e espero que a Justiça seja feita!", declarou.
O deputado estadual Coronel David (PL), aliado de Bolsonaro, criticou a denúncia, classificando-a como política. Ele repercutiu declaração do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luis Roberto Barroso, feita em um evento de entidades ligadas ao PT: "Nós derrotamos o bolsonarismo". O parlamentar também compartilhou uma nota da oposição ao governo Lula no Congresso e reproduziu uma manchete de jornal que destacou termos como "possível crime", "suposto" e "hipotético" no inquérito da Polícia Federal.
O deputado federal Marcos Pollon (PL) também viu viés político na acusação e minimizou as conclusões da PGR. "A denúncia da PGR é uma 'historinha' que fala em 'suposto golpe'", disse. Pollon ainda sugeriu que o processo tem motivação estratégica. "No dia da pesquisa [Bolsonaro vence Lula]. Coincidência?", questionou.
O ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), que foi um dos oito candidatos ao governo do Estado e apoiado por Bolsonaro nas eleições de 2022, afirmou que a denúncia é baseada em uma "narrativa infundada de uma suposta tentativa de golpe que nunca existiu".
Outro aliado do ex-presidente, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), publicou uma foto ao lado de Bolsonaro nas redes sociais e sugeriu que a denúncia faz parte de uma perseguição política. O parlamentar incluiu uma música de fundo que fala sobre "perseguição à igreja".
Por outro lado, o deputado federal Geraldo Resende (PSDB) afirmou que o indiciamento de Bolsonaro era esperado. "O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro era apenas uma questão de tempo. Os documentos e as provas analisadas pela Procuradoria-Geral da República fortalecem a acusação de envolvimento em crimes como organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outros delitos. Bolsonaro, que antes dominava as páginas de política, agora é um caso que ocupa as instâncias do Judiciário", declarou.
A denúncia da PGR foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e será analisada pela Justiça. Caso seja aceita, Bolsonaro poderá responder formalmente pelos crimes apontados no processo.