Padrasto suspeito: Professora tentou desesperadamente reanimar criança por oito minutos
- porRedação
- 09 de Fevereiro / 2024
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Isabela Dourado, | Créditos: Reprodução
A tragédia que envolve a morte de Isabela Dourado, de apenas 4 anos de idade, se desenrola em uma trama de horror e angústia. A menina estava aos cuidados de seu padrasto, Igor Fernandes Pereira Ayres, de 22 anos, quando sofreu uma parada cardíaca. Um laudo preliminar indica lesão abdominal e vestígios de violência sexual.
Por mais de oito minutos, uma professora de academia situada em frente ao prédio onde uma criança falecer, em um ato de desespero, conseguiu reanimar Isabela com massagens cardíacas até a chegada do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). A testemunha, que optou por não ser identificada, relembra os detalhes da fatídica segunda-feira (5/2).
“Ela [a mãe da criança] chegou aqui dizendo que tinha uma criança passando mal e precisava de ajuda”, relatou a professora. Ela seguiu rapidamente para o quarto, acompanhada pela mãe da menina, e iniciou os procedimentos de reanimação até a chegada do socorro. “Quando os bombeiros e o SAMU chegaram, saíram do quarto onde a menina estava”, disse a testemunha. “O quarto do casal estava desorganizado e na cozinha havia caixas, como se estivesse em processo de mudança”, detalhou.
A vizinhança, consternada com o suposto crime, expressa sua indignação. Para Elisângela Braga, proprietária de um bar na rua onde Isabela morreu, a comoção é acompanhada por uma dose de perplexidade. "Estou aqui há mais de 10 anos e nunca tinha visto eles dois. Depois, fiquei olhando as fotos, mas não consegui importância".
Em meio às conversas com vizinhos, surgiram relatos de que uma criança teria chorado no fim de semana, mas não há confirmação sobre quem teria ouvido os lamentos. Alguns moradores relataram à polícia que frequentemente ouviam uma garota gritar e chorar quando estava sozinha com o padrasto de 22 anos.
O estágio trágico
De acordo com as investigações, uma criança sofreu um parada cardíaca após ser vítima de violência sexual, não resistindo aos ferimentos. Durante o atendimento prestado, um membro da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) denunciou à polícia militar, acionada para a ocorrência, sobre os insultos de abuso e violência sexual encontrados nas partes íntimas da criança.
A 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) está conduzindo as investigações, inicialmente registradas como estupro de violação com resultado em óbito.
Contexto do relacionamento
Igor e a mãe da criança estavam juntos há nove meses, conforme registrado no boletim de ocorrência. A criança e sua mãe mudaram do Rio Grande do Sul para o Distrito Federal em agosto de 2023.
No mês de sua chegada ao DF, duas vezes passaram a residir com a família de Igor. Em dezembro, os três mudaram para o apartamento onde ocorreu a tragédia, em Taguatinga Sul. Igor não trabalhava, frequentava a faculdade e recebia pensão alimentícia de seu pai. Não há registros de antecedentes criminais do suspeito no Distrito Federal.
A mãe da menina informou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que havia saído para trabalhar quando deixou a filha com seu companheiro no apartamento. Às 8h54, recebi uma ligação do namorado, informando que a criança havia convulsionado e não reagia. Após acionar ajuda e ouvir testemunhas, a Polícia Militar do DF prendeu Igor.
Versão do suspeito
À PCDF, o suspeito relatou ter ouvido um barulho vindo do quarto e, ao checar, encontrou uma criança convulsionando e com espuma na boca. Alegou ter tentado realizar massagem cardíaca na enteada, sem sucesso. Vizinhos disseram à polícia que frequentemente ouviam uma garota gritar e chorar na presença de Igor, levantando suspeitas sobre o comportamento do padrasto. Uma testemunha afirmou ter denunciado o suspeito por considerar seu comportamento altamente suspeito.