Uma força-tarefa composta por Polícia Federal (PF), Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e outras forças policiais deflagrou nesta quinta-feira a Operação Sola Carcerem II, no Instituto Penal de Campo Grande. A ação visa desarticular uma complexa rede de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraudes operada por integrantes de facção criminosa, ex-interno e servidor público.

Policiais penais da Agepen realizaram revistas em celas do presídio em busca de materiais ilícitos e provas que possam auxiliar nas investigações da PF. O entorno do Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste contou com forte aparato policial, com a presença de viaturas do Comando de Operações Penitenciárias (Cope), Polícia Penal, Polícia Federal e Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

A operação é um desdobramento da primeira fase, realizada em janeiro deste ano, que desmantelou um "escritório" de golpes instalado na Penitenciária de Dois Irmãos do Buriti. Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro residências, incluindo as de três servidores públicos estaduais.

As investigações revelaram que o grupo utilizava sites de vendas e marketplace para aplicar golpes, com foco na venda de maquinários agrícolas. A operação Sola Carcerem II representa um importante passo no combate à criminalidade organizada e à corrupção no sistema prisional de Mato Grosso do Sul.