Operação Occulto: Ex-coordenador da Apae é preso por suspeita de desvio de R$ 8 Milhões em MS
- porRedação
- 10 de Março / 2025
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| Créditos: Divulgação/MPMS
Uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) culminou na prisão preventiva de um ex-coordenador da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Paulo Henrique Muleta Andrade e no cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Camapuã. A ação, denominada Operação Occulto, investiga um esquema de desvio de mais de R$ 8 milhões em repasses da Secretaria de Estado de Saúde (SES) para a Apae.
As investigações, conduzidas pela 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Campo Grande, com apoio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), revelaram que o ex-coordenador da Apae e terceiros, desde 2021, utilizaram empresas de fachada para simular a venda de produtos à rede pública de saúde.
Paulo Henrique Muleta Andrade | Créditos: Reprodução/Redes Sociais
O esquema fraudulento desviou R$ 8.066.745,25 de recursos públicos destinados ao atendimento de pacientes ostomizados. As investigações também apontaram para crimes de lavagem de dinheiro, utilizados para ocultar o destino dos valores desviados.
Além da prisão preventiva, a Operação Occulto cumpriu seis mandados de busca e apreensão. Um dos investigados também é acusado de obstrução de justiça, por tentar burlar uma ordem judicial de sequestro de bens e subtrair R$ 500 mil de seu alcance.
O nome da operação, "Occulto", faz referência às tentativas de ocultar o dinheiro desviado. O ex-coordenador da Apae também é investigado por solicitar cidadania italiana, possivelmente com a intenção de deixar o país.
A operação segue em andamento, e o MPMS continua a investigação do caso.