Operação Colheita Fantasma prende suspeitos de fraude bilionária; um deles possui empresa na capital

| Créditos: Divulgação


Preso com armas durante a operação Colheita Fantasma, o empresário Lício Dávalos é sócio administrador de uma cerealista registrada em Campo Grande. Conforme dados da Receita Federal, a empresa foi aberta em 2008 e possui capital social de R$ 150 mil. No entanto, a cerealista não funciona mais no endereço informado no CNPJ, no Bairro Tiradentes.

A operação investiga um esquema de fraude fiscal e lavagem de dinheiro que teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em operações fictícias de grãos entre 2020 e 2024. De acordo com a apuração, um grupo controlava diversas empresas de forma oculta para emitir notas fiscais sem circulação real de mercadorias, simulando vendas interestaduais e gerando créditos tributários indevidos superiores a R$ 100 milhões.

Outro preso é Gilson Lino, apontado como coordenador da fraude. Mandados também foram cumpridos em Ivinhema, onde foram apreendidos documentos, veículos e até cédulas do Zimbábue. Os alvos incluem escritórios, residências e empresas ligadas aos investigados. As autoridades bloquearam cerca de R$ 20 milhões em contas bancárias.

A operação Colheita Fantasma é realizada pela Polícia Civil em conjunto com a Sefaz-MS e a Receita Federal, como parte da 2ª edição da Renorcrim, iniciativa nacional contra organizações criminosas. A Sefaz informou que as informações oficiais serão repassadas apenas pela Polícia Civil. 

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