A Operação Casa de Ouro, deflagrada nesta quarta-feira (10) pela Receita Federal, Polícia Federal e Controladoria-Geral da União, cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Campo Grande. O objetivo da ação é identificar servidores públicos envolvidos em um esquema de desvio de recursos do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS).

As investigações apontam que servidores exerciam papel central no esquema, liberando recursos ilícitos para empresas de fachada, que por sua vez adquiriam imóveis de luxo em nome de laranjas. O delegado da Receita Federal em Campo Grande, Zumilson Custódio da Silva, afirmou que a operação busca identificar os beneficiários finais dos recursos e responsabilizá-los, visando o retorno do dinheiro aos cofres públicos.

A ação desta quarta-feira é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, iniciada em 2021, e visa combater uma organização criminosa especializada em fraudes em licitações e desvio de recursos públicos. O delegado afirmou que a investigação ainda terá muitos desdobramentos.

O esquema envolvia a contratação indevida de empresas por meio de licitações fraudulentas, com conluio entre participantes e agentes públicos. A organização utilizava mecanismos de blindagem para ocultar a destinação dos recursos, como transferências para contas de outras empresas e a compra de imóveis de luxo em nome de laranjas.

A operação contou com a participação de auditores fiscais, analistas tributários, policiais federais, procuradores da república e servidores da CGU. As investigações continuam, com o objetivo de identificar todos os envolvidos e recuperar os recursos desviados.