Oficial da PM é inocentado em caso de agressão a jornalista
- porRedação
- 02 de Abril / 2024
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| Créditos: Reprodução/Campo Grande News
Após investigação da Corregedoria-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, o tenente-coronel José Roberto Nobres de Souza foi absolvido das acusações de ordenar a agressão ao jornalista Sandro de Almeida Araújo. O incidente ocorreu em Nova Andradina, a 298 km de Campo Grande, em junho do ano passado.
Segundo as apurações, as agressões foram cometidas por quatro policiais: o subtenente José dos Santos de Moraes, o terceiro-sargento Marcos Aurelio Nunes Pereira, o cabo Elizeu Teixeira Neves e o terceiro-sargento Luiz Antonio Graciano de Oliveira Júnior. Eles também foram submetidos a processo administrativo, resultando em penas brandas.
A acusação contra José Roberto Nobres de Souza remontava ao período em que ele comandava o 8º Batalhão da PM. No dia da transição de comando, teria ordenado a abordagem do jornalista, supostamente por soltar rojões em comemoração.
Embora não estivesse sob investigação, Sandro foi alvo de perseguição por parte dos policiais, sendo imobilizado, agredido e revistado. O incidente foi capturado por câmeras de segurança e relatado em um boletim de ocorrência.
O processo disciplinar apontou transgressão de disciplina por parte do tenente-coronel, por ter verbalmente designado policiais de outras unidades para assumir responsabilidades em viaturas descaracterizadas e trajes civis.
José Roberto Nobres de Souza negou as acusações, afirmando ter tomado medidas apropriadas ao tomar conhecimento dos eventos.
Apesar da decisão da Corregedoria, o oficial e os quatro policiais continuam enfrentando ação penal na Justiça Militar. As audiências de interrogatório dos réus estão marcadas para esta quarta-feira (3), às 13h45.
Acima, Elizeu (à esq.) e José dos Santos e abaixo Marco Aurélio (à esq.) e Luiz Antonio | Créditos: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS
Além das acusações relacionadas ao caso do jornalista, José Roberto Nobres de Souza também enfrenta ação penal por uso pessoal de viatura policial, abastecida com recursos públicos, e por falsificação de documentos para cancelar multas de trânsito. Após o incidente, foi transferido para a Ajudância-Geral no Comando-Geral e, posteriormente, lotado na Diretoria de Gestão, Patrimônio e Logística em Campo Grande.