MS registra um dos maiores índices de suicídio do país e 16 cidades ainda não possuem Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

| Créditos: Divulgação/Sesau

De acordo com levantamento do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), os municípios de Amambaí, Ivinhema, Miranda, Itaporã, Anastácio, Jardim, Ribas do Rio Pardo, Nova Alvorada do Sul, Ladário, Fátima do Sul, Itaquiraí, Mundo Novo, Terenos, Coronel Sapucaia, Iguatemi e Paranhos não possuem CAPS I, que, segundo o Ministério da Saúde, deveria ser implementado em cidades com mais de 15 mil habitantes para atender pessoas de todas as idades.

O MPMS está orientando os promotores de justiça dessas cidades a recomendar a implantação do CAPS I aos prefeitos eleitos.

Mato Grosso do Sul ocupa a terceira posição no ranking nacional de suicídios, com taxa de 11,76% a cada 100 mil habitantes, segundo dados do Ministério da Saúde de 2010 a 2021, divulgados em 2024. Nos últimos três anos, houve um aumento de 68% nos casos registrados no estado, passando de 169 em 2023 para 286 em 2024. Somente na primeira quinzena de 2025, já foram registrados 16 suicídios.

Para tentar suprir a demanda no interior, Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá contam com residências terapêuticas, que funcionam como moradia alternativa para pacientes com transtornos mentais. Campo Grande possui quatro residências, enquanto as outras cidades possuem uma cada. É importante ressaltar que as residências terapêuticas só podem ser instaladas em cidades que já possuam CAPS.

Onde buscar ajuda:

Em Campo Grande, o Grupo Amor Vida (GAV) oferece apoio emocional gratuito pelo telefone 0800 750 5554, das 7h às 23h, inclusive finais de semana e feriados. Outras opções de apoio incluem escolas-clínicas de Psicologia, Núcleo de Saúde Mental, CAPS, além dos telefones 141 e 188 (Centro de Valorização da Vida), 190 (Polícia Militar) e 193 (Corpo de Bombeiros).

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