Em um anúncio que promete impulsionar a economia sul-mato-grossense, o Governo do Estado confirmou o investimento de R$ 1,2 bilhão da Cambuhy Agropecuária, do Grupo Moreira Salles, para a criação de um novo polo citrícola em Ribas do Rio Pardo. A expectativa é gerar 1,2 mil empregos diretos e 2,4 mil indiretos.

O projeto, que terá início ainda este ano, prevê o plantio de laranja em uma área a ser explorada ao longo de quatro anos, com meta de colher 8 milhões de caixas da fruta. A escolha por Mato Grosso do Sul se deve, em parte, à busca por uma nova fronteira agrícola para a citricultura, em função do avanço do greening em São Paulo.

"O greening ameaça 70% da área da citricultura do estado de São Paulo. Houve uma busca por uma nova fronteira, entre Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, o novo ‘cinturão citrícola’. E a gente escolheu essa região”, afirmou Alexandre Tachibana, diretor-geral da Cambuhy Agropecuária.

O secretário Jaime Verruck, da Semadesc, destacou o ambiente favorável aos negócios em MS, citando o cronograma de licenciamento ambiental, os incentivos fiscais, a melhoria da infraestrutura e as medidas sanitárias contra o greening como fatores decisivos para atrair o investimento.

A vinda do grupo para o estado foi resultado de negociações iniciadas em maio, durante o MS Day Internacional, em Nova Iorque. O secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, ressaltou a importância do evento para apresentar o potencial de MS a investidores internacionais.

"O Estado tem se estruturando em algumas cadeias produtivas de uma forma que garante competitividade para o investidor. Além disso, é um bom momento nos quesitos de transparência, gestão fiscal, além da aptidão agrícola para a atividade", afirmou Perez.

Mato Grosso do Sul possui legislação rígida contra o greening, com "tolerância zero" à doença. A Iagro emitiu alerta sobre os perigos da compra de mudas irregulares, reforçando o compromisso do estado com a sanidade da produção.