MS lidera ranking de trabalho escravo em fazendas no Brasil

No total, são cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em propriedades rurais | Créditos: DIVULGAÇÃO/PF

Mato Grosso do Sul ocupa o primeiro lugar no ranking nacional de trabalho escravo em propriedades rurais, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (07) pelo governo federal.  O estado contabiliza treze fazendas, sítios e chácaras incluídos na "lista suja", documento que expõe empregadores flagrados submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão.

Corumbá lidera o número de ocorrências, com seis propriedades na zona rural do município: Fazenda Pousada do Sul, Sítio Retiro Tamengo, Fazenda Santa Rute, Fazenda Nossa Senhora Aparecida, Fazenda Bandeiras e Fazenda Baía do Cambará e Porto dos Milagres.

O caso mais grave foi registrado na Fazenda Umuarama, em Naviraí, onde 44 trabalhadores foram resgatados em 2022.  A empresa JC Mecanização e Plantações Agrícolas LTDA, responsável pela propriedade, teve seu nome incluído na lista em 2024.

Outros municípios com casos registrados foram:

Angélica: 31 trabalhadores resgatados na Fazenda São Joaquim em 2023.
Campo Grande: três trabalhadores em condições análogas à escravidão na Fazenda Três Marias.
Aquidauana: 11 trabalhadores na Fazenda Nossa Senhora Aparecida.
Ponta Porã: oito trabalhadores na Fazenda Pindorama.
Dourados: sete trabalhadores na Fazenda Marreta.
Laguna Carapã: seis trabalhadores na Chácara Sossego.
A "lista suja" foi criada em 2003 e é atualizada a cada seis meses pelo governo federal. Os empregadores permanecem na lista por dois anos, após exercerem o direito de defesa em duas instâncias administrativas. A divulgação da lista visa combater o trabalho escravo no país e garantir a proteção dos direitos trabalhistas.

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