MS intensifica ações contra doença falciforme com diagnóstico precoce e rede especializada

| Créditos: Foto: Comunicação SES


No Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme (19 de junho), Mato Grosso do Sul anunciou um plano de ação para ampliar o atendimento a pacientes com a condição. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), inclui expansão do diagnóstico, qualificação da rede pública e acompanhamento em unidades de referência.

Em 2024, o estado registrou 125 casos da doença. Para garantir assistência integral, foi criado um Grupo de Trabalho interinstitucional, liderado pela Gerência de Equidade em Saúde. A estratégia abrange desde o Teste do Pezinho — essencial para identificação precoce — até tratamento contínuo em hospitais especializados, como o Regional Rosa Pedrossian, o Universitário Maria Aparecida Pedrossian e o IPED/APAE.

Nessas unidades, são realizados exames como a eletroforese de hemoglobina, que detecta variantes da doença, e o Doppler Transcraniano, utilizado para prevenir AVCs em crianças de 2 a 16 anos.

Avanços e desafios

Dados de 2025 mostram que o ambulatório do Hospital Regional atendeu 18 pacientes entre janeiro e maio, enquanto o Hospital Universitário acompanha 66 pessoas acima de 14 anos. O IPED/APAE segue como referência em novos diagnósticos.

Apesar dos progressos, a falta de informação ainda dificulta o combate à doença. “Muitos desconhecem sintomas, riscos e serviços disponíveis no SUS, o que leva a diagnósticos tardios”, afirma Aparecida Queiroz Zacarias Silva, gerente de Equidade em Saúde da SES.

Capacitação profissional

Para melhorar o atendimento, a SES lançou um curso gratuito de 40 horas sobre a doença falciforme, disponível na plataforma online da Escola de Saúde Pública. A formação visa aprimorar o conhecimento dos profissionais do SUS, com foco em um cuidado mais humanizado.

Entre 2020 e 2023, 12 mortes foram registradas no estado em decorrência da doença. A SES reforça medidas como imunização, uso preventivo de penicilina e orientação às famílias para identificar sinais de alerta.

Municípios como Três Lagoas (28 casos), Bataguassu (18) e Inocência (9) concentram o maior número de registros, destacando a necessidade de ampliar o acesso aos serviços em todas as regiões.

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