MPMS recomenda maior transparência à Rede ligada ao Hospital de Câncer de Campo Grande
- porRedação
- 05 de Julho / 2024
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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) solicitou à Rede Feminina de Combate ao Câncer, organização ligada ao Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande, que adote medidas para aumentar a transparência na gestão dos recursos públicos recebidos. A instituição, que atende majoritariamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), deve criar um Portal da Transparência próprio, divulgar contratos firmados, demonstrar controle patrimonial e seguir rigorosamente as regras de licitação para compras.
A Fundação Carmen Prudente, responsável pela administração do hospital, é uma organização do terceiro setor que recebe recursos públicos, além de doações de pessoas físicas e jurídicas. O MPMS ressalta que sua função é fiscalizar apenas a aplicação dos repasses públicos.
A Rede Feminina de Combate ao Câncer, sediada dentro do Hospital de Câncer, atua na humanização dos atendimentos, realiza campanhas beneficentes e administra uma casa de apoio para pacientes de outras cidades.
Em abril deste ano, o MPMS já havia cobrado do Hospital de Câncer Alfredo Abrão a manutenção de um sistema interno de controle de contas integrado ao Ministério da Saúde, uma vez que os dados estavam sendo lançados manualmente, o que poderia gerar erros.
Relembrando a Máfia do Câncer
Há mais de 20 anos, o Hospital de Câncer Alfredo Abrão foi alvo da operação "Máfia do Câncer", da Polícia Federal, que investigou ex-diretores acusados de desvio de verba pública, estelionato e associação criminosa. Os crimes prescreveram e, nesta semana, a juíza da 4ª Vara Criminal da Justiça Estadual encerrou a ação penal contra o médico e ex-dirigente da instituição, Adalberto Siufi, e outras duas pessoas.