O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito para apurar o suposto plantio irregular de cana-de-açúcar em áreas de preservação ambiental em Naviraí. A investigação teve início após técnicos do MPE identificarem indícios de que canaviais de pelo menos 11 fazendas arrendadas à Usina Rio Amambaí Agroenergia invadiram áreas protegidas.

Embora a maioria das fazendas esteja localizada na Área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, sob jurisdição federal, o MPE prossegue com a investigação em uma fazenda de 590 hectares, onde 14 hectares de canaviais estariam em área proibida.

A Usina Rio Amambaí Agroenergia nega as irregularidades e afirma que o MPE se baseou em documentos desatualizados. A empresa alega ainda que preserva áreas maiores do que o exigido por lei.

A investigação sobre o plantio irregular surgiu durante o “Projeto Vinhaça”, que visa fiscalizar o uso da vinhaça, um subproduto da produção de açúcar e etanol, como fertilizante. No caso da Usina Rio Amambaí Agroenergia, o MPE não encontrou irregularidades significativas na distribuição da vinhaça, mas identificou 14 locais com uso excessivo do fertilizante, o que poderia prejudicar o lençol freático.

O MPE continuará investigando o caso para determinar se houve ou não crime ambiental.