MP investiga advogados por uso indevido de ações judiciais com nomes de idosos analfabetos
- porRedação
- 24 de Abril / 2025
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| Créditos: Reprodução/Capital News
A 2ª Promotoria de Justiça de Sidrolândia instaurou inquérito civil para apurar a responsabilidade de advogados acusados de entrarem com ações judiciais em nome de idosos sem conhecimento ou autorização deles. A investigação decorre da Operação Arnaque, deflagrada pelo Gaeco em 2023.
A apuração começou após denúncia de uma instituição financeira, que identificou milhares de ações contra bancos — muitas consideradas temerárias — movidas em nome de pessoas vulneráveis, como analfabetos e até falecidos.
Há indícios de que os autores das ações não sabiam dos processos. Em alguns casos, mesmo com decisão favorável, os valores não chegaram às vítimas. O Ministério Público suspeita de uma organização criminosa especializada em “advocacia predatória”, que usaria os idosos como laranjas.
Laudos grafotécnicos confirmaram falsificação de assinaturas, reforçando a suspeita de fraude documental.
A Operação Arnaque cumpriu 39 mandados de prisão preventiva e 51 de busca e apreensão em oito cidades de Mato Grosso do Sul e em outros sete estados. Segundo o Gaeco, duas organizações criminosas atuavam a partir de Iguatemi, utilizando documentos obtidos de forma irregular.