Moraes retira sigilo de vídeos e áudios da delação de Mauro Cid; veja trechos

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou-se, nesta quinta-feira (20), o sigilo dos vídeos da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. O material embasou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outros 33 investigados por tentativa de golpe de Estado.

Nos depoimentos, Cid apontou Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto como articuladores da trama para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e favorecer uma intervenção militar. Ele também relatou que Bolsonaro pressionou o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, a incluir suspeitas de fraude no relatório oficial das Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas.

Outro trecho da delação indica que Bolsonaro teria ordenado o monitoramento de Moraes. Questionado pelo ministro, Cid respondeu que pediu a operação ao coronel Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente.

Cid também afirmou que Bolsonaro incentivou a permanência de acampamentos em frente aos quartéis para manter a pressão por uma intervenção. Segundo a PGR, Braga Netto atuou como ele entre os manifestantes e o ex-presidente.

Bolsonaro e os demais denunciados terão 15 dias para apresentar suas defesas. Após esse prazo, o STF decidiu aceitar a denúncia, tornando-os réus.

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