Moradores de Ponta Porã exigem fim do monopólio funerário e modernização do setor

| Créditos: Foto: Google Street View

Em uma carta aberta endereçada ao prefeito Eduardo Campos (PSDB), moradores de Ponta Porã reivindicam o término do monopólio nos serviços funerários locais, bem como a modernização do setor. Um dos organizadores do movimento, que optou por manter o anonimato, relatou ter presenciado inúmeras situações constrangedoras vivenciadas por usuários do serviço em um momento já tão delicado.

"O monopólio funerário sufoca a inovação e impede a entrada de novas empresas no mercado. A limitação da concorrência resulta em menos opções para os consumidores", afirmou o organizador. A carta aberta enfatiza a necessidade de regulamentação de padrões mínimos de qualidade e fiscalização das empresas do setor. O documento defende a liberdade de escolha individual, permitindo que cada cidadão decida como deseja ser lembrado após a morte, sem estar sujeito a monopólios ou à falta de concorrência.

"Cada pessoa tem o direito de escolher como deseja ser homenageada após sua morte. A liberdade e a autonomia individual são direitos fundamentais. [...] A igualdade de acesso aos serviços funerários é crucial. Todas as pessoas, independentemente de sua condição econômica, devem ter a oportunidade de acessar serviços funerários dignos", declara o texto.

Os signatários da carta solicitam a implementação de políticas de subsídios para famílias de baixa renda e a regulamentação de preços máximos para serviços essenciais, com o objetivo de prevenir abusos econômicos. Além disso, há um apelo por práticas sustentáveis nos serviços funerários, como enterros verdes e cremações de baixo impacto ambiental.

"Como morador de Ponta Porã, sempre me senti incomodado com a falta de escolha em relação aos serviços funerários. É como se fôssemos obrigados a aceitar o que é oferecido, independentemente do custo ou da qualidade. O monopólio criou uma situação em que as famílias são frequentemente exploradas em seus momentos mais vulneráveis", descreveu o denunciante.

Por fim, a carta propõe a criação de conselhos municipais para debater e monitorar os serviços funerários, garantindo a participação da comunidade na formulação e fiscalização das políticas públicas. Caso sejam adotados, esses conselhos também serão responsáveis por promover a inovação e modernização dos serviços, utilizando novas tecnologias para aprimorar a qualidade e a eficiência do setor.

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