Moradores do condomínio de luxo San Pietro Villagio, localizado na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, entraram com uma ação judicial contra o Estado de Mato Grosso do Sul solicitando a remoção do canil do Batalhão de Choque da Polícia Militar, vizinho ao residencial.

O motivo da ação, que tramita na 3ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, são os latidos incessantes dos cães policiais, que segundo os moradores, ocorrem em todos os horários, incomodando e dificultando a locação dos imóveis. Além disso, os moradores reclamam do uso de gás lacrimogêneo em treinamentos, que causa problemas respiratórios.

O condomínio, que possui 26 imóveis, sendo cinco casas vizinhas ao Batalhão, alega que o problema persiste desde 2013, quando o Batalhão de Choque se instalou no local. Antes disso, o imóvel já abrigava o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e a Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais da Polícia Militar).

Na ação, os moradores relatam que o barulho dos cães é "insuportável" e que "ninguém quer morar ali". A situação teria causado prejuízo aos proprietários, que não conseguem alugar ou vender seus imóveis.

O síndico do condomínio afirma ter tentado resolver a questão amigavelmente, procurando o comando da PM, o Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial) e a Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento aos Turistas), além de dialogar com policiais do batalhão, antes de recorrer à justiça.

A juíza Paulinne Simões de Souza, atuando em substituição legal, negou o pedido de liminar para a remoção imediata dos cães, alegando falta de urgência. No entanto, o processo segue em andamento na 3ª Vara de Fazenda Pública.

Fonte: O Jacaré