Ministro do Interior e Procurador-Geral do Paraguai são convocados para esclarecer morte de deputado

O deputado paraguaio Lalo Gomez, acusado de proteger traficante | Créditos: Reprodução

O ministro do Interior do Paraguai, Enrique Riera, e o procurador-geral do Estado, Emiliano Rolón, foram convocados pela Câmara de Senadores para prestar esclarecimentos sobre a operação que resultou na morte do deputado Eulalio Gomes Batista, conhecido como "Lalo Gomes".

A operação, realizada na madrugada de 19 de agosto em Pedro Juan Caballero, fronteira com o Brasil, tinha como objetivo cumprir um mandado de busca e apreensão na residência do deputado, no âmbito da Operação Pavo Real II. Segundo a versão oficial, Lalo teria resistido à prisão e atirado contra os policiais, sendo atingido fatalmente. No entanto, a família do deputado contesta essa versão, alegando que ele foi executado e anunciando que apresentará uma denúncia formal de assassinato.

A morte de Lalo Gomes, investigado por supostas ligações com o narcotráfico, gerou uma crise política no Paraguai. O presidente Santiago Peña manifestou apoio ao ministro do Interior, assim como o presidente da Câmara Baixa. Contudo, outros parlamentares, incluindo membros da bancada ligada ao ex-presidente Horacio Cartes, da qual Lalo era aliado, exigem uma investigação rigorosa para esclarecer as circunstâncias da morte e apurar se houve excesso por parte da polícia.

O ministro e o procurador-geral prestarão depoimento em sessão extraordinária e reservada do Senado na manhã de quarta-feira (21). A expectativa é que esse depoimento possa trazer mais informações sobre o caso e contribuir para apaziguar os ânimos no cenário político paraguaio, que se encontra em ebulição após a morte do deputado.

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