Ministra aponta falhas no atendimento da Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande

| Créditos: Bruno Rezende

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou que há um “coletivo de falhas” no atendimento prestado na Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande. A declaração ocorreu nesta terça-feira (18), após reunião motivada pela divulgação de áudios da jornalista Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio, que descreveu um atendimento “frio” ao buscar ajuda.

Cida destacou a necessidade de aprimorar a qualificação dos profissionais e modernizar o sistema de atendimento, ainda manual. Segundo a ministra, a Casa da Mulher Brasileira precisa de um sistema integrado de informações para garantir um suporte mais eficiente às vítimas de violência.

Para enfrentar os problemas, um grupo com representantes do Ministério das Mulheres, da Casa da Mulher Brasileira, do Governo do Estado, do Tribunal de Justiça, da Defensoria Pública, do Ministério Público e da Prefeitura de Campo Grande será criado para definir ações de melhoria.

A ministra ressaltou que a unidade de Campo Grande, a primeira do país, deve continuar sendo referência nacional e que as falhas apuradas podem servir de alerta para aprimorar a segurança e proteção às mulheres em outras regiões.

Vanessa Ricarte, que denunciou o ex-noivo antes de ser morta a facadas, relatou um atendimento distante e insensível na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), localizada na Casa da Mulher Brasileira. O caso reforça a urgência de mudanças no acolhimento das vítimas.

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