Ministério Público Japonês requer pena de Prisão Perpétua para acusado de duplo homicídio de irmãs Sul-Mato-Grossenses

Michelle Maruyama e Akemi Maruyama morreram queimadas, em 2015 | Créditos: Reprodução/Facebook

Na última quinta-feira (15), em audiência no tribunal do júri da Corte Distrital de Nagoya, o Ministério Público do Japão solicitou a condenação à prisão perpétua de Edgard Anthony La Rosa Vite, cidadão peruano acusado do brutal assassinato das irmãs Akemi e Michelle Maruyama, naturais de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, residentes na cidade de Handa, no Japão.

O réu é apontado como autor do homicídio das duas irmãs, ocorrido em 2015, no apartamento em que viviam. Na ocasião, Akemi e Michelle tinham 27 e 29 anos, respectivamente, sendo que Edgard era esposo de Akemi, com quem tinha dois filhos.

De acordo com informações veiculadas pelo jornal O Globo, a solicitação do Ministério Público ocorreu durante o desenrolar do julgamento no tribunal mencionado.

Segundo relatos do Mainichi Shimbun, veículo de comunicação japonês, durante o julgamento, Edgard alegou não se recordar do momento do crime. Por sua vez, a defesa argumentou que o réu estava sob o efeito de substâncias estimulantes, o que o teria impedido de discernir entre o certo e o errado.

O trágico episódio, ocorrido em 29 de dezembro de 2015, culminou na morte das jovens, cujos corpos carbonizados foram descobertos após os bombeiros serem chamados para conter um incêndio no apartamento. Na ocasião, um recipiente contendo gasolina foi encontrado próximo à pia da cozinha.

Akemi e Michelle, filhas de um japonês, decidiram deixar Campo Grande para viver no Japão em busca de oportunidades profissionais. Michelle foi a primeira a se mudar, em 2003, seguida por Akemi dois anos depois. Após o crime, a mãe das jovens tentou obter a guarda das netas.

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