Ministério anuncia R$ 2 milhões para poços artesianos após protesto indígena em MS

| Créditos: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Após protestos que resultaram em 15 feridos e no bloqueio da MS-156, o Ministério dos Povos Indígenas anunciou a destinação de R$ 2 milhões para a construção de dois poços artesianos nas aldeias Bororó e Jaguapiru, em Dourados (MS). A medida visa atender as reivindicações de comunidades Guarani-Kaiowá e Terena por melhores condições de abastecimento de água potável.

O bloqueio da rodovia, iniciado na quarta-feira (27), foi acompanhado pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. A ministra Sonia Guajajara criticou a ação policial, classificando-a como "uso arbitrário e desproporcional da força". O Ministério acionou o Governo do Estado e órgãos federais, como MPF, Dsei e Funai, para garantir a segurança dos manifestantes.

Além dos poços, outras iniciativas para melhorar o abastecimento de água incluem um convênio de R$ 60 milhões com o Governo do Estado e a Itaipu Binacional para a ampliação e modernização dos sistemas de água em oito aldeias, e um termo de execução de R$ 575 mil com a UFGD para a construção de poços artesianos.

Os indígenas inicialmente rejeitaram a proposta de liberar a estrada, mantendo o bloqueio até quinta-feira (28).  A secretária estadual de Cidadania, Viviane Luiza da Silva,  enviada pelo governador Eduardo Riedel, se reunirá com representantes da comunidade indígena no MPF nesta sexta-feira (29).

Na reunião, a secretária assinará um documento com o compromisso do governo em ampliar o fornecimento de água por caminhões-pipa, construir dois poços na reserva e liberar R$ 53 milhões em 2025 para a construção de dois "super poços". Após a reunião, os indígenas devem liberar a rodovia.

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