Um metalúrgico de Sorocaba, interior de São Paulo, viveu um pesadelo ao descobrir que era considerado um criminoso procurado por tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul. 

A situação veio à tona quando ele foi impedido de votar nas eleições de 2022, devido a um mandado de prisão expedido pela 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande.

A confusão teve origem em 2018, quando um criminoso preso em flagrante por tráfico forneceu os dados do metalúrgico durante o interrogatório. Apesar da coleta de digitais, a polícia não comparou as informações com o verdadeiro dono da identidade, levando à condenação injusta.

O metalúrgico, que nunca esteve em Mato Grosso do Sul, seguiu sua vida em Sorocaba até ser surpreendido pela notícia de que era procurado pela justiça. Agora, ele busca uma indenização de R$ 300 mil do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul pelos danos morais sofridos.

A defesa do metalúrgico apresentou provas documentais que comprovam sua inocência, como registros de ponto e fotos que evidenciam a diferença física entre ele e o criminoso. O governo de Mato Grosso do Sul, por sua vez, nega qualquer erro na identificação do criminoso e alega que não havia, na época, um banco nacional de identificação de digitais.

O caso segue em tramitação na justiça, e a defesa do metalúrgico tem 15 dias para contestar a argumentação do estado. A reportagem tentou contato com a defesa do metalúrgico, mas não obteve sucesso.

Com informações do Campo Grande News