Mercenário ligado a traficante internacional é preso na Europa

Musat Martel (à direita), o PM Ygor Nunes (centro) e Wanderlei Cunha | Créditos: Reprodução

Um desdobramento da operação internacional de combate ao tráfico de drogas resultou na prisão de Nikolaos Kifanidis, cidadão grego vinculado ao grupo paramilitar responsável pela segurança do conhecido traficante Antonio Joaquim Gonçalves Mendes da Mota, apelidado de “Dom” e “Motinha”.

Nikolaos Kifanidis, juntamente com outros membros desse grupo paramilitar, foi alvo da Operação Magnus Dominus, deflagrada pela Polícia Federal em cooperação com autoridades internacionais. Essa operação tinha como objetivo desmantelar a estrutura de segurança montada pelo traficante sul-mato-grossense para sua proteção pessoal e para intimidar organizações rivais.

Embora seis integrantes tenham sido detidos durante a operação, "Dom" e cinco de seus seguranças conseguiram fugir. Entretanto, Nikolaos Kifanidis foi localizado recentemente no Reino Unido, onde foi detido e aguarda extradição.

Este é o segundo membro do grupo paramilitar localizado após a operação. O italiano Giorgio Otta, também procurado pela Interpol, foi preso na Itália no final do ano passado, após solicitação de extradição pelas autoridades brasileiras.

Ainda seguem foragidos os brasileiros Alberto Florisbal Schonhofen e João Paulo Torres Veiga e o romeno Musat Corian Martel.

As atividades prévias de Alberto Schonhofen incluem a administração de uma empresa de varejo de cosméticos e produtos de higiene pessoal, enquanto João Paulo Torres Veiga, conhecido como "Checheno", tinha uma empresa de cobranças em Belo Horizonte.

Os indivíduos detidos durante a operação incluíram membros das forças de segurança. Ygor Nunes Nascimento, conhecido como "Romanov", era terceiro-sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, destacado no Departamento de Operações de Fronteira (DOF).

"Motinha", apontado como chefe dos mercenários está foragido  | Créditos: Reprodução

Enquanto isso, "Motinha", o líder do grupo de mercenários e figura central no Clã Mota, permanece foragido. Antonio Joaquim Gonçalves Mendes da Mota foi alertado previamente sobre a operação em que Nikolaos foi detido e conseguiu fugir para o Paraguai, onde se acredita estar escondido.

Ontem, Antonio Joaquim da Mota, pai de "Motinha" e líder do Clã Mota, foi preso pela Polícia Federal em Ponta Porã, sendo transferido para a Penitenciária Federal em Campo Grande. A prisão preventiva foi decretada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região em um processo sigiloso que o acusa de vários crimes, incluindo posse ilegal de armas, tráfico de drogas e participação em organização criminosa.

Antonio Joaquim da Mota já estava sob investigação há anos por suas conexões com o crime organizado, incluindo associações com Dario Messer, conhecido como o "doleiro dos doleiros". Em 2019, ele foi preso durante a Operação Patrón, relacionada à lavagem de dinheiro, e sua propriedade foi alvo de investigações subsequentes por suspeita de envolvimento no tráfico internacional de drogas.

Esses eventos ilustram a complexidade das operações contra o crime organizado, envolvendo colaboração internacional e ações coordenadas entre diversas agências de aplicação da lei.

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