Três médicos do Hospital Regional Dr. Estácio Muniz, em Aquidauana, lançaram uma carta de repúdio e denúncia, alegando casos de perseguição, interferência nos procedimentos médicos e assédio moral dentro da instituição. O diretor clínico do hospital não está no centro das acusações.

A carta, endereçada à imprensa local, ao Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso do Sul, ao Conselho Regional de Enfermagem, ao Ministério Público do Mato Grosso do Sul, ao governador do estado, ao prefeito de Aquidauana e à Câmara Municipal, destaca que tais práticas prejudicam tanto a qualidade do atendimento prestado à população quanto o bem-estar e a autonomia dos profissionais de saúde.

De acordo com o relato dos médicos, as supostas interferências incluem mensagens autoritárias do diretor clínico, que aparentemente tentam importar sua vontade sobre as decisões médicas, desrespeitando a autonomia profissional. Além disso, há relatos de problemas na conduta da enfermagem, com suposta conivência da direção administrativa, incluindo interferências na prescrição de medicamentos e internações.

Segundo a carta, o ambiente de trabalho é descrito como tenso e intimidador, com a equipe de enfermagem sendo treinada e assediada moralmente, inclusive por meio de vigilância por câmeras de segurança.

Quanto ao diretor clínico, a denúncia alega retaliação contra dois médicos da instituição, que foram removidos da escala médica injustificadamente. Os denunciantes ainda apontam para um histórico de tratamento grosseiro por parte do diretor clínico, bem como a falta de comunicação sobre decisões relevantes, como clínicas internacionais, que, segundo a notificação, bloqueiam sua aprovação prévia.

Além disso, questionou-se o processo de seleção para o cargo de diretor clínico, alegando que apenas uma chapa, encabeçada pelo atual gestor, foi apresentada, sem oferecer oportunidade para outros médicos concorrentes.

Os profissionais denunciantes estão disponíveis para comentários e esclarecimentos adicionais sobre as alegações feitas. O Hospital Regional Dr. Estácio Muniz e seus representantes também são convidados a se manifestar sobre as acusações.