O mecânico David Lopes Queiroz, acusado de provocar o acidente que matou Drielle Leite Lopes e seus três filhos na BR-060, entre Sidrolândia e Campo Grande, não possuía habilitação para dirigir automóveis e havia consumido cocaína antes de assumir o volante. O caso ocorreu em 6 de abril, e o acusado segue preso preventivamente.

Na audiência realizada nesta segunda-feira (30), no Fórum de Sidrolândia, agentes da PRF relataram que David apresentava sinais de embriaguez e comportamento típico de condutores sob efeito de álcool ou drogas. Segundo a policial Caroline de Carvalho Mota, ele possuía apenas habilitação para motocicleta (categoria A), e não poderia conduzir o carro envolvido no acidente.

A dinâmica do acidente, conforme a PRF, envolveu uma tentativa malsucedida de ultrapassagem de uma carreta, quando o veículo Corsa colidiu com uma caminhonete Saveiro e caiu em um barranco, pegando fogo. O motorista do Corsa foi arremessado do veículo por não usar cinto de segurança.

O marido de Drielle, Oldiney Centurion Saraiva, que sobreviveu, relatou não se lembrar do acidente nem do velório da família. Ele afirmou que encontra forças no filho de 12 anos, único sobrevivente do carro, que passou por várias cirurgias e permanece em tratamento.

Durante o velório, marcado por forte comoção, a sogra de Drielle, Aucelia Gomes, disse esperar por Justiça. “Não foi acidente, foi tragédia provocada por alguém embriagado. Destruiu muitas vidas.”

A família voltava de Sidrolândia após visitar parentes e celebrar a conquista da casa própria recém-adquirida em Campo Grande.