Matador de facção baiana escapa da polícia em Campo Grande

Traficante Caio Vinícius Fogaça das Neves, de 38 anos | Créditos: Reprodução

O traficante de drogas e assassino vinculado a uma facção criminosa da Bahia, identificado como Caio Vinícius Fogaça das Neves, de 38 anos, está sendo procurado pelas autoridades policiais de Mato Grosso do Sul. Conhecido como Fogaça, ele é acusado de perpetrar pelo menos oito assassinatos em Guanambi (BA). O criminoso conseguiu fugir durante uma operação realizada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros) nesta quinta-feira (19), em Campo Grande.

De acordo com relatórios da polícia sul-mato-grossense, Caio Vinícius Fogaça das Neves é considerado "extremamente perigoso". As investigações revelam que Fogaça mudou-se para Campo Grande com o objetivo de ficar mais próximo da fronteira com o Paraguai, facilitando assim suas operações de tráfico de drogas em larga escala. Anteriormente, ele residiu em Ponta Porã, onde foi detido em 2018 por abrir fogo contra policiais militares.

Após um ano de prisão na fronteira, Caio foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, onde posteriormente obteve regime de albergue. Morando no Jardim Colúmbia com a esposa e filho, o imóvel era utilizado como base para atividades de tráfico, levando as autoridades a monitorarem suas atividades.

Na última quinta-feira, uma operação policial foi realizada no local, mas surpreendentemente, Caio estava ciente da aproximação da polícia, graças a câmeras de monitoramento em sua residência. Mantendo a calma, ordenou que sua esposa atendesse a porta enquanto ele, usando uma escada, evadiu-se pulando o muro.

Caio Vinícius Fogaça das Neves é membro de uma facção criminosa liderada por Aldo Berto Castro (Delton). Além de ser suspeito de envolvimento em crimes brutais e tráfico de drogas, Fogaça participou de duas fugas de presídios. Em uma dessas fugas, em maio de 2017, ele simulou estar doente, sendo levado ao Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), onde aproveitou uma oportunidade para escapar da prisão pela segunda vez. Sua recaptura só ocorreu em junho de 2018, na cidade de Ponta Porã.

O coordenador da 22ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), delegado Clécio Magalhães, informou em 2018 que Caio tinha três mandados de prisão em aberto naquele período. "Ele [Caio] é considerado um homem de alta periculosidade, sendo responsável por vários homicídios ocorridos no período de seis meses, em Guanambi. As investigações apontaram que os crimes foram motivados pelo tráfico de drogas", disse Clécio na época.

Apesar da fuga de Caio na operação recente, a polícia encontrou no imóvel no Jardim Colúmbia uma considerável quantidade de cocaína do tipo "crystal" ou "escama de peixe", avaliada em R$ 700 mil, com alto teor de pureza. Além disso, foram apreendidos objetos utilizados na preparação da droga, incluindo uma prensa. A esposa do criminoso foi presa em flagrante, e o filho de sete meses foi entregue ao Conselho Tutelar, pois não havia outros familiares disponíveis para cuidar da criança.

Com informações do Campo Grande News

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