Lula fecha acordo com PE, e famílias de ‘prédios-caixão’ vão receber indenização
- porR7
- 11 de Junho / 2024
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta terça-feira (11), acordos indenizatórios às famílias proprietárias de moradias localizadas na região metropolitana de Recife (PE) com alto risco de desabamento. Ao todo, serão indenizados os donos de 431 imóveis, sendo 133 neste ano.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, disse que o problema do ‘prédios-caixão’ dura mais de 30 anos, mas que a população pernambucana está em “festa” com a resolução. De acordo com a Caixa Econômica Federal, o orçamento para a medida é de R$ 1,7 bilhão.
Segundo o governo de Pernambuco, foram mapeados 431 imóveis com alto risco de desabamento. Agora, os proprietários vão receber uma indenização de R$ 120 mil, cada. O valor foi autorizado pelo Fundo de Compensação de Variações Salariais, gerido pelo Ministério da Fazenda.
Já as pessoas que ocuparam esses imóveis, por meio de movimentos de luta pela moradia, vão sair dos prédios ameaçados de deslizamento e receber auxílio-moradia do governo. Além disso, o governo de Pernambuco ficou responsável pela entrega de novas moradias, via Minha Casa, Minha Vida. Cálculos iniciais apontam que 30 mil famílias devem ser beneficiadas com a medida.
A governadora do estado informou que, agora, os terrenos vão ser repassados para o governo. A intenção, segundo Raquel, é usar os espaços para projetos de habitação de interesse social.
Participam da reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Jader Filho (Cidades), André de Paula (Pesca), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Laércio Portela (Comunicação Social) e Raquel Lyra (governadora de Pernambuco).
Durante a reunião, Lula reafirmou que a medida é investimento. “O que eu acho grave é que é importante as pessoas perceberem que isso aqui, R$ 1,7 bilhão, não é gasto. Isso aqui é um processo de reparação. Não tem investimento mais duro do que recuperar a dignidade do ser humano pobre desse país. Recuperar a dignidade dessa gente e dar expectativa de que eles vão poder voltar a viver como ser humano respeitado. É importante lembrar que é uma reparação histórica. Não é o primeiro caso, e tem outros casos”, afirmou.