🚦 Lei Seca: 17 anos e embriaguez ao volante ainda mata em MS
- porAlcina Reis
- 20 de Junho / 2025
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| Créditos: Reprodução/ Tribuna da Região
A Lei Seca, completando 17 anos em 2025, trouxe avanços no combate à direção sob efeito de álcool, mas os números em Mato Grosso do Sul ainda revelam um cenário preocupante. Apesar das duras penalidades – multa de R$ 2.934,70, suspensão da CNH e até três anos de prisão –, muitos condutores continuam desafiando a lei, colocando vidas em risco.
Dados e Estatísticas Alarmantes
Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS), em 2023, foram registrados 1.258 acidentes com vítimas no estado, sendo que 18% (cerca de 226) tiveram a embriaguez como causa principal. Destes, 47 resultaram em mortes, um aumento de 12% em relação a 2022.
O Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPMTRAN) também aponta que, nos últimos três anos, mais de 5 mil motoristas foram flagrados dirigindo alcoolizados em blitz da Lei Seca. Campo Grande, Dourados e Três Lagoas lideram as ocorrências.
Impacto Social e Econômico
Além das tragédias humanas, os acidentes causados por embriaguez geram custos milionários ao sistema de saúde e à previdência. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que, em 2023, o estado gastou mais de R$ 8 milhões no atendimento a vítimas de colisões envolvendo motoristas bêbados.
Fiscalização e Conscientização
O Detran-MS intensificou as operações, com blitz noturnas e uso de etilômetros digitais, mas especialistas afirmam que apenas a repressão não basta. Campanhas educativas, como "Se Beber, Não Dirija", precisam ser ampliadas, principalmente em bares e eventos.
Reflexão necessária
Os 17 anos da Lei Seca representam um marco na legislação de trânsito brasileira, mas a realidade nas estradas de Mato Grosso do Sul revela que só a lei não basta. É necessário um esforço conjunto entre governo, órgãos de fiscalização e sociedade civil para promover a educação no trânsito, aumentar a frequência das fiscalizações e, quando necessário, endurecer ainda mais as punições.
Dirigir embriagado não é apenas uma escolha irresponsável – é um crime que destrói famílias.
(Fontes: Detran-MS, BPMTRAN, SUS, Polícia Rodoviária Federal)
Por Alcina Reis
| Créditos: Arquivo pessoal/Alcina Reis