Justiça mantém diretoria provisória da FFMS e nega pedido de Cezário para anular assembleia
- porRedação
- 11 de Abril / 2025
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| Créditos: Rodrigo Moreira/FFMS
A 1ª Vara Cível de Campo Grande negou, nesta quinta-feira (11), o pedido de tutela de urgência feito por Francisco Cezário de Oliveira para anular a assembleia que o afastou da presidência da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), realizada em outubro de 2024. A decisão mantém a diretoria provisória comandada por Estevão Petrallas e valida a eleição de abril deste ano.
Na ação, Cezário alegava ilegalidade no processo por ausência de procedimento administrativo prévio, por se basear em investigações ainda em curso e por suposta violação à Lei Pelé e ao estatuto da entidade. O juiz Giuliano Máximo Martins rejeitou os argumentos, destacando que a assembleia pode apurar responsabilidades diretamente, desde que assegurado o contraditório.
A tutela foi negada também pela ausência de urgência, já que o ex-presidente está afastado por decisão judicial e da CBF. A revelia da FFMS no processo foi considerada irrelevante para a decisão liminar.
Petrallas foi eleito presidente em definitivo no dia 8 de abril, em uma votação marcada por questionamentos. Clubes do futebol amador com votos de peso 1 foram incluídos pouco antes da eleição, alguns sem histórico anterior de participação no colégio eleitoral. A inclusão desses votos garantiu vantagem sobre o adversário André Baird, presidente do Costa Rica Futebol Clube.
A crise na FFMS se agravou após a Operação Gaeco, que em maio de 2024 afastou Cezário por suspeitas de corrupção e organização criminosa. Desde então, a entidade tem enfrentado disputas internas e questionamentos sobre a legitimidade de seus processos decisórios.