O juiz César David Maudonnet, da Vara Única de Água Clara, aceitou a denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra dez pessoas, incluindo servidores, ex-servidores e empresários, pelo desvio de R$ 11 milhões da prefeitura. Os acusados são investigados por crimes como organização criminosa, corrupção, peculato, fraude em licitações e falsidade documental.

A denúncia, que é a primeira decorrente da Operação Malebolge, pede também a condenação do grupo ao pagamento de danos morais coletivos. Entre os réus estão os empresários Mauro Mayer da Silva e Adão Celestino Fernandes, as secretárias municipais Denise Rodrigues Medis (Finanças) e Adriana Rosimeire Pastori Fini (Educação), além de Ícaro Luiz Almeida Nascimento, Leonardo Antônio Siqueira Machado, Valmir Deuzébio, Kamilla Zaine dos Reis Santos Oliveira, Jânia Alfaro Socorro e Ana Carla Benette.

Nesta semana, o Gaeco disponibilizou a perícia de telefones e equipamentos eletrônicos apreendidos na operação, que reforçam o inquérito. O Ministério Público Estadual ressaltou que a participação dos denunciados nos crimes foi detalhada na peça processual, que menciona a frequência com que os nomes de cada réu foram citados. Os promotores também indicaram que novas provas, como quebras de sigilo bancário e fiscal, ainda serão anexadas ao processo.