Juiz aposentado e empresário líder do Comando Vermelho se unem na defesa e decisão judicial suspende leilão de bens ligados a suspeito
- porRedação
- 16 de Maio / 2024
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| Créditos: Reprodução/O Carlotas
A Operação Sanctus, conduzida pela Polícia Federal em dezembro de 2023, trouxe à mesma equipe o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, conhecido por sua atuação contra o PCC (Primeiro Comando da Capital), e o empresário douradense Hermógenes Aparecido Mendes Filho, 49 anos, apontado como possível sucessor na liderança do tráfico pelo Comando Vermelho no Paraguai.
A relação entre ambos ganhou destaque quando o escritório de advocacia de Odilon assumiu a defesa de Mendes, que teve seus bens, incluindo fazendas, um sítio, um avião, três caminhões e mais de 2 mil cabeças de gado de corte, autorizados para leilão. No entanto, uma decisão favorável conseguiu suspender temporariamente o processo.
A carreira de Odilon foi marcada por sua atuação implacável contra o narcotráfico, rendendo-lhe até mesmo ameaças de morte e uma escolta constante. Agora, no papel de advogado, ele enfatiza seguir as normas éticas da advocacia, defendendo seu cliente dentro dos limites legais.
Enquanto isso, Mendes, que antes era dono de um açougue de bairro, viu sua fortuna crescer consideravelmente nos últimos anos, passando a exibir seu estilo de vida nas redes sociais. No entanto, após sua prisão, suas contas foram deletadas.
Embora a Justiça tenha aceitado denúncias contra Mendes e outros, a 3ª Vara Federal em Campo Grande rejeitou algumas acusações de tráfico de drogas, argumentando questões de competência territorial. Isso levou a uma batalha judicial sobre a transferência do réu para sua cidade natal, Dourados.
Enquanto o empresário enfrenta acusações de lavagem de dinheiro e organização criminosa, seu destino agora fica nas mãos da justiça, que terá que decidir não apenas sobre sua culpabilidade, mas também sobre a aplicação da lei em um caso que mistura elementos de alta complexidade e interesse público.
A redação do site Conteúdo MS tentou contato com o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta. Informamos que o espaço segue aberto caso queira fazer suas considerações.
Com informações do Campo Grande News