Juiz absolve Adriane Lopes e Camilla Nascimento de acusações de abuso de poder religioso e econômico
- porRedação
- 24 de Janeiro / 2025
- Leitura: em 8 segundos

| Créditos: Reprodução/PMCG
O juiz eleitoral Ariovaldo Nantes Corrêa absolveu a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), e sua vice, Camilla Nascimento (Avante), das acusações de abuso de poder político e econômico com viés religioso e compra de votos. A ação de investigação judicial eleitoral foi proposta pelos partidos PDT e PSDC.
Os partidos alegaram que Adriane Lopes utilizou sua presença constante em cultos religiosos para influenciar o eleitorado evangélico, com o apoio de pastores que atuavam como cabos eleitorais, alguns inclusive nomeados para cargos na Prefeitura. A denúncia apontava a formação de uma "rede de campanha" dentro das igrejas e a utilização de recursos públicos para fins eleitorais.
Adriane Lopes e Camilla Nascimento negaram as acusações, argumentando que a prefeita frequenta a mesma igreja há mais de 20 anos e que a nomeação de alguns pastores para cargos de confiança não configura abuso de poder. A defesa sustentou ainda que não houve comprovação de doações de entidades religiosas, propaganda eleitoral em igrejas ou pedido explícito de votos durante os cultos.
O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa considerou que não houve provas suficientes para comprovar o abuso de poder religioso e econômico. Ele destacou que a participação de Adriane Lopes em eventos religiosos não configura estratégia para influenciar o voto, e que a nomeação de pastores é comum em mudanças de gestão.
Embora tenha absolvido Adriane Lopes e Camilla Nascimento da acusação de abuso de poder, o juiz determinou que o caso seja investigado pela polícia para apurar a denúncia de compra de votos. Duas testemunhas afirmaram ter recebido oferta de dinheiro em troca de votos para as candidatas, mas o juiz entendeu que não houve provas suficientes para comprovar a participação da prefeita e da vice-prefeita no esquema.