O Jockey Club de Campo Grande busca acordo com a Prefeitura para compensar uma dívida de R$ 10,5 milhões em IPTU com créditos referentes a áreas desapropriadas pelo município sem indenização. A expectativa é que a negociação ocorra por meio do Refis 2025, com início previsto para 10 de junho.

Segundo o advogado e sócio do clube, Rogelho Massud Junior, há cerca de mil metros de ruas construídas em terrenos do Jockey, além de outras duas desapropriações. Ele afirma que o clube é credor da Prefeitura, embora não tenha acionado a Justiça. “Queremos um encontro de contas. Nunca cercamos as áreas por entender que a convivência com o poder público deve ser harmônica”, declarou.

O clube pertence atualmente a cerca de 500 associados. A última corrida com apostas ocorreu em 2011. A última Assembleia Geral foi realizada em 2019, quando Jamil Name assumiu a presidência. Com sua morte em 2021, Massud passou a representar a entidade e espera convocar nova eleição ainda este ano.

O futuro do espaço, avaliado em R$ 90 milhões, será definido após a eleição. Entre as propostas estão a reativação do clube ou a venda do imóvel. “Os filhos dos fundadores querem manter a tradição. Já os netos, preferem vender”, disse Massud.

Sobre uma ação de usucapião movida por 13 treinadores de cavalos, o advogado afirma que a posse não será reconhecida. “Temos todos os documentos. Eles nunca tiveram a posse do local”, concluiu.