O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pautou para esta terça-feira (3) o julgamento do juiz Paulo Afonso de Oliveira, afastado da 2ª Vara Cível de Campo Grande em dezembro do ano passado. Ele é investigado por movimentações financeiras atípicas e patrimônio incompatível, conforme revelado pela Polícia Federal na Operação Ultima Ratio. O ministro Mauro Campbell Marques, corregedor nacional de Justiça, é o relator do processo.

Oliveira também é acusado de envolvimento em um golpe de R$ 5,3 milhões contra um aposentado, em que teria liberado o dinheiro para a advogada Emmanuelle Alves Ferreira da Silva, esposa do juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior, que foi punido por corrupção.

Relatórios da Polícia Federal indicam que o magistrado possui bens como uma fazenda avaliada entre R$ 30 milhões e R$ 70 milhões, um avião de R$ 1,3 milhão e estaria adquirindo outra propriedade de R$ 18 milhões. Em sua defesa, Oliveira negou possuir o patrimônio milionário.

Na mesma sessão, o CNJ decidirá o futuro do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, conhecido por sua atuação na Operação Lava Jato carioca e por prisões de grande repercussão, como a do ex-presidente Michel Temer.