A cidade de Ivinhema, administrada pelo prefeito Juliano Ferro (PSDB), ocupou o terceiro lugar no ranking de distribuição de emendas parlamentares do tipo “transferência especial” em Mato Grosso do Sul. Conhecidas como “emendas Pix” pela ausência de transparência, elas têm sido alvo de questionamentos no Supremo Tribunal Federal (STF).

Apesar de ser o 18º município mais populoso do estado, com 27,8 mil habitantes, Ivinhema recebeu R$ 3,12 milhões em 2024, superando cidades maiores como Dourados, que, com 243 mil moradores, recebeu R$ 2,08 milhões.

Entre os parlamentares que destinaram recursos para Ivinhema estão o senador Nelsinho Trad (PSD), com R$ 2 milhões; a senadora Soraya Thronicke (Podemos), com R$ 770 mil; e o deputado federal Beto Pereira (PSDB), com R$ 350 mil.

Falta de transparência

As emendas Pix não exigem detalhamento sobre a destinação dos recursos, como mostra o sistema de distribuição do orçamento da União. No caso de Ivinhema, não há registro da aplicação do montante recebido.

Controvérsias na gestão

Reeleito com 81,29% dos votos, Juliano Ferro tem enfrentado investigações. A Controladoria-Geral da União (CGU) apura um possível superfaturamento de R$ 229,4 mil na compra de merenda escolar, enquanto a Polícia Federal investiga conexões do prefeito com um grupo envolvido em tráfico de drogas. Embora Ferro não seja acusado diretamente, ele residia em um imóvel e utilizava um veículo vinculados aos investigados.

Distribuição de emendas Pix em MS em 2024:

• Ivinhema: R$ 3,12 milhões
• Total no estado: R$ 135,9 milhões

Fonte: Correio do Estado