Investigação do MPMS aponta advogado ligado a Beira-Mar em caso de incêndios no Pantanal

| Créditos: Foto: Reprodução/MPMS

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) identificou, através de imagens de satélite, 11 fazendas na região do Pantanal de Corumbá suspeitas de originar incêndios não autorizados que têm devastado o bioma no início da temporada de seca. Entre os fazendeiros investigados está Luiz Gustavo Battaglin, conhecido por ser advogado de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, cuja fazenda Asturias registrou a maior área queimada conforme as imagens analisadas pelo MPMS.

Nesta quarta-feira (3), o MPMS oficializou a abertura de inquéritos civis para investigar individualmente a origem desses incêndios. André Luiz de Zilalva, sócio e procurador de Battaglin em Mato Grosso do Sul, foi contatado pela reportagem, mas preferiu não fornecer declarações antes de apresentá-las ao MPMS.

A área total queimada, segundo as investigações, soma 498 hectares, equivalente a aproximadamente 700 campos de futebol. Os proprietários das fazendas listadas terão 10 dias úteis para se manifestarem perante o MPMS sobre as investigações.

Os incêndios no Pantanal deste ano já afetaram mais de 700 mil hectares, aproximando-se dos números de 2023, quando cerca de 900 mil hectares foram queimados ao longo do ano, conforme dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Brigadistas de Mato Grosso do Sul, apoiados por equipes de outros estados enviadas pelo Governo Federal, estão atuando nos focos de incêndio identificados. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 95% dos incêndios que atingiram o bioma este ano tiveram origem em propriedades particulares, com uma minoria iniciada em parques estaduais de preservação e terras indígenas.

| Créditos: Arte: Lennon Almeida/Campo Grande News

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