Na noite de sábado, 20 de janeiro, a tranquila cidade de Sonora, localizada na região Norte de Mato Grosso do Sul, foi palco de uma tragédia quando Tiago Valdecir Sandrin, de 37 anos, proprietário da Lanchonete e Pizzaria do Sandrin, foi brutalmente executado a tiros de pistola 9 milímetros enquanto atendia os clientes do estabelecimento.

O crime, ocorrido na rua dos Jacarés, teve sua origem em uma abordagem violenta: uma motocicleta de cor azul, ocupada por dois indivíduos, aproximou-se da lanchonete. O passageiro desembarcou, dirigiu-se diretamente ao caixa e disparou diversas vezes contra Tiago. Em seguida, o atirador efetuou disparos para o alto antes de fugir com seu cúmplice em direção à avenida Dr. João Leite Schmidt.

O suspeito, conhecido pelo apelido de "Sem Fronteiras", teve seu destino selado no início da tarde do domingo (21) após um confronto armado com a Polícia Militar. Na residência onde ocorreu o embate, foram encontradas armas de fogo e uma considerável quantidade de munição.

Investigações apontam que a facção criminosa Comando Vermelho (CV) alugou o imóvel onde ocorreu o confronto, assim como outra propriedade em um bairro distinto, recentemente. O CV está envolvido em uma intensa disputa territorial contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) pelo controle do tráfico de drogas em Sonora.

A tragédia toma contornos ainda mais sombrios ao revelar que Tiago foi vítima de um equívoco. De acordo com a apuração policial, o alvo inicial era um dos funcionários da pizzaria, supostamente envolvido com a facção criminosa.

Dentro da residência onde o confronto ocorreu, foram detidas cinco pessoas, incluindo dois menores de idade identificados como Wollisson Barbosa dos Santos, Lucas Vinícius Alves e Francine Dias da Paz Pereira Pacheco, cujos nomes não serão divulgados. Todos foram conduzidos sem resistência.

Tiago, socorrido pela ambulância do hospital local, não resistiu aos ferimentos. Na pizzaria, peritos encontraram vários projéteis de pistola 9 mm. Seu corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Coxim para exame necroscópico. 

A comunidade local está consternada diante da violência que assolou a cidade.