Após pedido de vistas, TRE adia julgamento sobre cassação de mandato da prefeita Adriane Lopes


O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) adiou o julgamento do recurso que analisa o pedido de cassação da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), e da vice, Camilla Nascimento (Avante). O juiz Márcio de Ávila Martins Filho pediu vistas, alegando necessidade de análise mais aprofundada. O julgamento será retomado na próxima terça-feira (27).

A ação movida por PDT e PSDC questiona suposto abuso de poder político, econômico e religioso durante a campanha eleitoral. As legendas apontam presença constante de Adriane em cultos religiosos, com possível influência na decisão de eleitores, e denunciam a nomeação de pastores em cargos comissionados. Também citam possível compra de votos, com valores entre R$ 50 e R$ 100.

Durante a sessão, os advogados de acusação argumentaram que houve captação ilícita de sufrágio e que pastores atuaram como cabos eleitorais. Já a defesa afirmou que não há provas robustas e que Adriane apenas manteve vínculos com a comunidade religiosa que frequenta há décadas.

O relator, juiz Alexandre Antunes da Silva, votou por manter a decisão de primeira instância, que rejeitou a cassação por ausência de provas. O juiz Ariovaldo Nantes, autor da sentença original, reconheceu indícios de compra de votos, mas entendeu que não ficou demonstrada a participação direta ou indireta da prefeita e da vice.

Compartilhe: