Indígenas rejeitam proposta para poços artesianos e bloqueio na MS-156 continua
- porRedação
- 27 de Novembro / 2024
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| Créditos: Foto: Leandro Holsbach
Indígenas das Aldeias Bororó e Jaguapiru, em Dourados, rejeitaram a proposta do governo estadual para a perfuração de poços artesianos. O valor de R$ 250 mil, oferecido pela Secretaria da Cidadania, foi considerado insuficiente para atender às necessidades das comunidades. O bloqueio da MS-156, iniciado na segunda-feira (25), entra em seu terceiro dia.
Os manifestantes argumentam que o valor não cobre a perfuração de poços com mais de 50 metros de profundidade e questionam a falta de consulta técnica para a definição dos custos. Além disso, o prazo de 60 dias para o início das obras é considerado inaceitável.
Apesar da rejeição da proposta, representantes indígenas assinaram cartas de compromisso com o governo estadual. O acordo prevê o fornecimento de água por caminhões-pipa, recursos da UFGD para custear as obras e a articulação com o Dsei para a entrega de caixas d'água para famílias em situação de vulnerabilidade.
Mesmo com as medidas emergenciais, os indígenas mantêm o bloqueio da MS-156 e de outros trechos, como o anel viário de Dourados. Eles exigem compromissos formais dos governos federal, estadual e das prefeituras de Dourados e Itaporã para garantir o abastecimento de água e a perfuração dos poços.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, anunciou na sexta-feira (22) que as aldeias serão atendidas pelo programa Água para Todos. No entanto, ainda não há previsão para o início das obras na região.