Ibovespa fecha com alta, puxado por commodities e novo recorde; Petrobras dispara
- porInfoMoney
- 26 de Agosto / 2024
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| Créditos: G1 Investing
O Ibovespa começou a semana como uma forte de alta de 0,94%, aos 136.888 pontos, um avanço de 1.280 pontos – e, durante a sessão, chegou a ir mais longe, aos 137.013,05 pontos, na máxima do dia. O fechamento de hoje marca também o maior patamar de encerramento de um pregão na história, superando os 136.463,65 pontos da quarta-feira (21) passada.
Isso se deu por uma conjunção de fatores, mas especialmente pela altas da commodities. A Vale (VALE3) avançou consistentes 1,13%, com o minério de ferro ganhando terreno diante de um dólar mais fraco, em frente a pares de peso, e demanda na China. As siderúrgicas foram no embalo: Gerdau (GGBR4) ficou com mais 0,77% e Usiminas (USIM5) fechou com alta de 0,30%. Só CSN (CSNA3) caiu: 0,24%;
Já o petróleo acelerou mais de 3% nas duas principais referências internacionais, com o Brent voltando a ultrapassar os US$ 80, o que ajudou bastante as ações de Petrobras a dispararem: PETR3 ganhou incríveis 8,96% e PETR4 valorizou 7,26%. A commodity subiu com amplitude lá fora com a suspensão de exportação na Líbia e pelas tensões no Oriente Médio. Mas a estatal brasileira ganhou gás especial com elevação de recomendação por analistas. O cenário também ajudou a puxar as petroleiras juniores: PRIO (PRIO3) ganhou 0,43% e 3R (RRRP3) subiu 1,98%.
Ibovespa sobe com Vale e Petrobras; bancos não animaram
A Bolsa brasileira só não foi melhor porque os bancos tiveram um dia sem força. Do lado positivo, o BB (BBAS3), que ganhou 0,39%. O Itaú Unibanco (ITUB4) oscilou muito e terminou com leve alta de 0,22%.E do negativo, o Bradesco (BBDC4) caiu 0,32%.
O IBOV vem sendo afetado positivamente pelo fluxo estrangeiro e isso deve melhorar nos próximos meses, caso o Federal Reserve confirme o discurso de seu presidente, Jerome Powell, e baixe mesmo os juros na próxima reunião de política monetária. O cenário contribuiu para a alta de B3 (B3SA3), hoje com 0,47%. Os estrangeiros seguem sendo compradores líquidos de ações brasileiras em julho e agosto, após estarem no lado vendedor durante os primeiros seis meses do ano, conforme destaca o Morgan Stanley.
Outra ação ajudou o Ibovespa, também dentro do noticiário corporativo. Embraer (EMBR3) sabiu 0,52%, com anúncio de venda de seis aviões para o Uruguai, reforçando a boa fase do ativo, que já ganhou mais de 100% este ano (107%).
Quedas da Bolsa
Entre as quedas, além dos bancos, CVC (CVCB3) desceu 8,00%, em ajuste após a última semana. Rumo (RAIL3) descarrilhou 3,13%, com revisão de investimentos. E Sabesp (SBSP3) recuou 0,41%, com nova diretoria prestes a ser anunciada.
Apesar do bom dia do Ibovespa, o dólar comercial acabou subindo, com 0,23%, com cautela diante de novas declarações de diretor do Banco Central, a R$ 5,49.
“As falas de Galípolo hoje de manhã também movimentaram o mercado”, explicou Hemelin Mendonça, sócia da AVG Capital. “O BC está conservador e vigilante diante da política monetária, devido a economia do país estar resiliente e dinâmica. E isso dá sinais de que a economia brasileira está diferente da dos EUA, que está dando sinais de desaceleração. Também tivemos falas de (Fernando) Haddad (ministro da Fazenda), afirmando que a Câmara e o Senado prometeram aprovar diversos projetos para melhorar o ambiente de negócios do país, e que o PIB do final do ano pode surpreender o mercado de uma maneira positiva”.
“A mais essencial de todas (as reformas) é a reforma tributária, que vai mudar a qualidade do crescimento econômico brasileiro. As estimativas são de que o impacto da reforma no PIB vai de 10% a 20% nos próximos 10 anos. Nós estamos desburocratizando, desonerando investimento e exportações”, disse o ministro Haddad.
Esta terça-feira será importante para o mercado brasileiro: sai o IPCA-15 de agosto para indicar o rumo da inflação. A previsão é de uma desaceleração para 0,2%, diante dos 0,3% do mês passado. É o dado mais importante deste início de semana, que se encerra com nova leitura do PIB nos EUA e com a inflação de consumo pessoal (PCE) também nos EUA. Muita coisa, portanto, ainda pode mudar. (Fernando Augusto Lopes)
Confira as últimas dos mercados
Dólar comercial termina dia com alta de 0,23%
O dólar segue alternando entre alta e baixa e hoje voltou a subir diante do real, após a baixa de sexta. O movimento é semelhante ao da divisa norte-americana, que na comparação com as principais moedas do mundo ficou com o DXY em alta de 0,16%.
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