Ibovespa engata 4ª alta seguida, volta aos 130 mil pontos e fecha semana no positivo

| Créditos: G1 Investing

Sextou! Mas o grito poderia ser “terçou!”, “quartou!” ou “quintou!”, porque em todos esses dias o Ibovespa subiu e ofereceu motivos de sobra para comemoração. Hoje, em plena sexta-feira, não foi diferente: alta de 1,52%, aos 130.614,59 pontos, um ganho de 1.953,71 pontos.

É a quarta vitória seguida do índice, que voltou a ter uma semana positiva, com amplos 3,78%, após três no vermelho. O principal índice também fecha acima dos 130 mil pela primeira vez desde 28 de fevereiro deste ano, quando encerrou com 130.155,43 pontos.

Teve mais boa notícia: o dólar comercial emendou a quarta queda seguida, dessa vez com maior amplitude, de menos 1,07%, a R$ 5,51. E os DIs (juros futuros) terminaram o dia com baixas amplas. Nas vértices de médio e longo prazos, os DIs caíram cerca de 2%.

O dia começou com todo mundo atento ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador de inflação oficial do Brasil. O resultado de julho veio com aceleração de 0,38%, após alta de 0,21% em junho. O dado mensal veio acima do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que estimava inflação de 0,35% em julho.

Apesar de o IPCA de julho ter superado por muito pouco o consenso, os economistas alertam para sinais preocupantes de reaceleração dos preços no início do segundo semestre. Alexandre Maluf, economista da XP, cita os preços dos serviços no mês, que subiram 0,75%, muito por conta das passagens aéreas, mas afirma que mesmo sem esse item muito volátil houve aceleração, motivada por reajuste no seguro automotivo.

Ao comentar os números da inflação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu calma nas análises: “nós estamos acompanhando e tomando as medidas necessárias. O BC tem falado a respeito, o dólar teve uma queda significativa nos últimos dias e a gente espera que esses números convirjam para patamares inferiores”.

Enquanto isso, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que os dados correntes da economia estão melhores do que o que indicam os preços de mercado. Ele afirmou que existe hoje “um problema de expectativa com relação às políticas futuras”, tanto a fiscal quanto a monetária, e que o BC tem atuado de maneira técnica, buscando dirimir ruídos no mercado.

Mas a verdade é que pelo menos por hoje os IPCA foi um indicador que não incomodou a voracidade com que os investidores partiram para as compras. Isso porque, em plena temporada de balanços do 2T24, todos estão empolgados com os bons resultados das empresas, o que jogou uma série de oportunidades na mesa. A lista é grande.

Ibovespa sobe, junto com temporada de balanços
As ações da Lojas Renner (LREN3) disparam 6,55%, reagindo ao lucro líquido de R$ 315 milhões no segundo trimestre, em desempenho que superou previsões de analistas. “Temos falado abertamente sobre um ponto de inflexão na história da Renner, e os resultados  corroboram essa percepção”, afirmaram analistas do Itaú BBA, enxergando um perspectiva melhor para a companhia.

É mesmo o momento do varejo. Depois de uma reação bastante positiva aos números do Grupo Casas Bahia (BHIA3), foi a vez do Magazine Luiza (MGLU3) divulgar seus resultados do 2T24. A ação hoje subiu 3,35%. A XP aponta que os executivos destacaram que a melhora na lucratividade permite que Magalu acelere o lançamento de novos negócios e novas iniciativas. Presidente da companhia acha que pode retomar o crescimento.

Teve mais. A B3 (B3SA3) divulgou um 2T24, com lucro líquido ajustado de R$ 1,23 bilhão, desempenho acima das expectativas. Na avaliação da XP, a B3 apresentou resultados sólidos, com receitas totais impulsionadas pelo crescimento robusto do negócio de derivativos, que representou 24% da receita total.

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