Hospital adia cirurgia pela terceira vez por falta de anestesistas

Hospital Universitário de Campo Grande | Créditos: Hospital Universitário de Campo Grande

O drama enfrentado pelo independente Antônio Rodrigues Cardoso, de 51 anos, atingiu um novo capítulo quando sua cirurgia para a retirada de pedras nos rins foi adiada pela terceira vez no Hospital Universitário de Campo Grande. A razão para o adiamento, segundo o paciente, é a carência de anestesistas na unidade hospitalar.

Diante de intensas crises renais, Cardoso viu-se obrigado a reagendar a cirurgia, inicialmente marcada para outubro do ano passado. O procedimento foi sucessivamente adiado para novembro, dezembro e, agora, está agendado para o dia 29 de março deste ano. Em meio à agonia das crises e ao desconforto gerado pela esperança, o paciente expressa seu apelo para que a cirurgia não seja mais uma vez reagendada, solicitando esclarecimentos por parte do hospital sobre as medidas tomadas para a contratação do profissional necessário.

Em busca de alternativas, uma família tentou transferir o procedimento para outro hospital, mas a complexidade da cirurgia a laser inviabilizou essa opção.

A esposa do paciente  levanta questões pertinentes quanto à falta de providências do Hospital Universitário. “Se não consegue em outro hospital e o Universitário não contrata o anestesista, como ficam os pacientes que esperam por cirurgia?”, questiona Denise.

Diante das críticas e do apelo público, o Hospital Universitário emitiu uma resposta, justificando a dificuldade em preencher a demanda por anestesistas por meio de concursos públicos. A nota destaca que, apesar dos esforços em determinados e processos seletivos, o quadro de colaboradores permanece deficitário, com apenas 17 profissionais para uma necessidade mínima de 39 na escala, sem reserva técnica. O hospital informou que o Ministério Público Federal está ciente da situação.

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