Um empresário de 74 anos foi repreendido por uma juíza ao tentar utilizar um avatar de inteligência artificial como seu advogado durante uma audiência no tribunal de apelações de Nova York, nos Estados Unidos. O episódio ocorreu em 26 de março e foi transmitido ao vivo no YouTube.

Sem formação jurídica, Jerome Dewald apresentou um vídeo em que um avatar com aparência formal discursava em seu nome. A juíza Sallie Manzanet-Daniels interrompeu a sessão ao perceber que não se tratava de uma pessoa real. “Você não me informou, senhor. Eu não gosto de ser enganada”, declarou.

Dewald justificou o uso da tecnologia dizendo que tem dificuldades para falar sob pressão e buscava uma forma mais clara de apresentar seus argumentos. Ele enviou uma carta de desculpas ao tribunal e continuou sua defesa lendo os argumentos no celular.

O caso reacende o debate sobre o uso da IA no meio jurídico. Em 2023, advogados foram multados por usarem ferramentas que citaram decisões fictícias, e até a Suprema Corte do Arizona passou a empregar avatares digitais para explicar decisões ao público.