Analistas de TI ameaçam greve e contestam valorização da carreira no governo federal

Servidores realizaram uma manifestação nesta segunda | Créditos: Anati/ Divulgação


Cerca de 400 analistas de tecnologia da informação do governo federal ameaçam entrar em greve caso suas demandas por valorização da carreira e reajuste salarial não sejam atendidas. A categoria realizou um protesto na segunda-feira (7) e organiza nova manifestação para o dia 14, criticando a postura do Ministério da Gestão e Inovação, que consideram pouco receptiva ao diálogo.

Segundo a Associação Nacional dos Analistas em Tecnologia da Informação (Anati), o cenário é agravado pela alta taxa de desistência no curso de formação do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), o que evidenciaria a baixa atratividade da carreira. Das 300 vagas oferecidas, 215 foram recusadas, o equivalente a 72% de evasão.

Em nota, o ministério afirmou que firmou acordo em 2023 para criação de carreira própria e adoção de subsídio, com reajustes previstos até 2026. A remuneração inicial foi fixada em R$ 11,1 mil em 2024, podendo chegar a R$ 21,6 mil ao final da carreira em 2026.

A Anati, no entanto, contesta os dados. Segundo a entidade, apenas três servidores alcançaram o nível mais alto da estrutura atual, e a nova remuneração representa uma redução de 14% em relação ao plano anterior, sem considerar perdas inflacionárias.

A associação também afirma que o governo rejeitou propostas que garantissem aumentos reais e acusa o ministério de priorizar outras carreiras, mesmo após alegar falta de orçamento para melhorias na área de TI.

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