Homem que incendiou casa com crianças já fazia ameaças à ex-namorada, revela delegada

coletiva de imprensa a Polícia Civil | Créditos: Reprodução

Em uma coletiva de imprensa realizada pela Polícia Civil, foram detalhados os horrores do crime ocorrido em 8 de dezembro de 2023, em Sidrolândia (MS). Lucas Cáceres Kempener, de 24 anos, visando vingar-se da ex-namorada, brutalmente agrediu as filhas dela, de 3 e 11 anos, antes de atear fogo em seus corpos. As vítimas foram socorridas por vizinhos, mas a menina mais velha permanece em coma na Santa Casa de Campo Grande.

A delegada titular de Sidrolândia, Barbara Fachetti Ribeiro, descreveu o autor do crime como alguém com uma personalidade "extremamente doentia, ciumenta e controladora". O indivíduo, que entrou em confronto com a polícia e foi morto nesta quarta-feira (24/1), já apresentava sinais de ciúmes e ameaças à mãe das crianças. Essas ações evoluíram para invasões à residência, controle excessivo sobre a vida da mulher e, em uma ocasião, a morte do cachorro da família.

A escalada de violência incluiu ameaças constantes à mulher e a amigas, além de tentativas de agressão física, como jogar o carro sobre ela e uma colega durante um encontro. A delegada destaca que a vítima não tinha plena percepção da gravidade da situação, sendo o ponto final quando ela encontrou pornografia infantil no celular do agressor.

Para consumar sua vingança, Lucas invadiu a residência, agrediu brutalmente as meninas, possivelmente estuprou a mais velha, e as incendiou. Testemunhas relataram ter visto o agressor fugindo calmamente em uma motocicleta após o incêndio.

A mãe das crianças estava trabalhando no momento do crime, confiando a guarda das filhas a uma tia que não pôde cuidar delas na ocasião. O agressor, considerado perigoso e com passagens pela polícia, foi abordado pela equipe do Garras e, ao reagir com tiros, resultou em um confronto fatal.

Apesar da morte do agressor, as investigações prosseguem, incluindo a verificação de possível conteúdo de pornografia infantil em seu celular. Quanto às vítimas, a menina de 3 anos teve alta e se recupera junto à família, enquanto a mais velha, com 80% do corpo queimado, enfrenta uma batalha pela vida, com membros amputados e lesões graves.

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