Greve dos Policiais Civis de MS: Serviços essenciais serão mantidos, mas Estado pode enfrentar greve caso não haja acordo.

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Policiais civis de Mato Grosso do Sul iniciaram hoje uma paralisação parcial de três dias, com o objetivo de pressionar o governo estadual a reajustar seus salários. A categoria reivindica que o salário base seja elevado ao sexto melhor do país, cumprindo uma promessa antiga. Durante a paralisação, que se estende até quarta-feira, apenas casos urgentes serão atendidos, como prisões em flagrante, violência contra menores e medidas protetivas em casos de violência doméstica.

O Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol) afirma que a paralisação foi ampliada de um para três dias na expectativa de que o governo apresente uma contraproposta que atenda às reivindicações da categoria. O Sinpol rejeitou as duas propostas apresentadas pela Secretaria de Administração (SAD), que incluem a incorporação do auxílio-alimentação de R$ 400 e um abono para os menores salários, ou a retirada da faixa salarial inicial de R$ 5,7 mil.

Além do reajuste salarial, os policiais civis pleiteiam um aumento de 100% no auxílio-alimentação, auxílio-saúde no valor de R$ 1,5 mil (equivalente ao concedido aos delegados) e 18% de aumento salarial.

O presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa da Silva, classificou a falta de acordo com o governo como "descaso" e afirmou que a paralisação é a única alternativa encontrada para chamar a atenção do governo, apesar dos impactos para a sociedade. Ele não descarta a possibilidade de uma greve caso as negociações não avancem.

Uma comissão de deputados estaduais foi formada para intermediar as conversas entre o Sinpol e o governo. A SAD informou que segue aberta ao diálogo e espera que um acordo seja alcançado.

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