Dias após a morte de Nery Ramos da Silva, indígena Guarani Kaiowá, na Terra Indígena Ñanderu Marangatu, em Antônio João (MS), representantes do Governo Federal, incluindo equipes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Ministério dos Povos Indígenas (MPI), estiveram na região. A visita visou ouvir as demandas das comunidades indígenas e discutir medidas para conter os conflitos recorrentes.

A presença do governo federal ocorreu em meio ao retorno do corpo de Nery ao território, após necrópsia conduzida por equipes da Polícia Federal em Dourados. O processo foi acompanhado por um antropólogo do Ministério Público Federal (MPF).

Desde a década de 1980, quatro indígenas foram mortos na mesma área, o que mantém acirrados os conflitos de terras. Após o recente assassinato, o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, destacou um reforço armado para a região, com a presença de mais de 100 policiais para apoiar as ações em cumprimento de decisões judiciais.

A intensificação da escolta policial ocorre para garantir a segurança dos funcionários da Fazenda Barra, envolvida nos conflitos fundiários com os indígenas.