Administradores de frigorífico envolvidos na Operação Vostok são condenados por sonegação

| Créditos: Foto: Reprodução/O Jacaré

A Justiça Federal condenou Pavel e Daniel Chramosta, pai e filho e administradores do Frigorífico Buriti, por apropriação indébita previdenciária e sonegação de contribuição de funcionários. A dupla também foi denunciada na Operação Vostok, que investigou um esquema de corrupção envolvendo o ex-governador Reinaldo Azambuja.

As provas obtidas na Operação Vostok foram utilizadas na denúncia contra os Chramosta, que admitiram administrar o frigorífico, embora seus nomes não constassem no quadro societário da empresa. A acusação aponta que o Frigorífico Buriti deixou de repassar à Previdência Social contribuições recolhidas de funcionários entre 2007 e 2014.

A Receita Federal constatou que não foram repassados à Seguridade Social valores descontados dos salários dos empregados, gerando um débito de R$ 105.509,71. A sentença, proferida pelo juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, considerou que a falta de pagamento em cada mês configura delito distinto, resultando em 26 crimes de apropriação indébita previdenciária e 72 condutas delituosas relacionadas à ausência de informações nas GFIP.

A defesa alegou dificuldades financeiras, mas o juiz refutou o argumento, citando um saldo de mais de R$ 51 milhões em lucros acumulados em 2021. Pavel e Daniel Chramosta foram condenados a três anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial aberto, além de pena pecuniária e prestação de serviços à comunidade. A pena de Pavel pode ser extinta por prescrição.

A Operação Vostok denunciou 24 pessoas, incluindo o ex-governador Reinaldo Azambuja, por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Pavel Chramosta é apontado como o maior emissor de notas do suposto esquema.

Fonte: O Jacaré

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