Governo federal cria força-tarefa para combater seca e incêndios no Pantanal e Amazônia
- porRedação
- 15 de Junho / 2024
- Leitura: em 8 segundos

| Créditos: Joédson Alves/Agência Brasil
Em resposta ao agravamento da seca e dos incêndios florestais, o Governo Federal anunciou a criação de uma sala de situação para coordenar ações preventivas e de combate, com foco especial no Pantanal e na Amazônia. A iniciativa surge em meio a alertas da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sobre as graves consequências ambientais esperadas para este ano.
A ministra destacou a mudança de postura do governo, priorizando a prevenção em vez da reação a desastres. "O custo de prevenir é sempre menor do que o de remediar", afirmou, ressaltando a urgência de se antecipar aos desafios climáticos.
O Pantanal já enfrenta uma estiagem severa, com níveis hídricos alarmantes e um número inédito de incêndios registrados desde o início do ano. O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, informou que mais de 2 mil brigadistas foram contratados para atuar em todo o país, com foco nas áreas mais afetadas.
Ações emergenciais estão em andamento desde outubro de 2023, com operações conjuntas entre órgãos federais e governos estaduais. Apesar da gravidade da situação, ainda não foi decretado estado de emergência, e os recursos utilizados provêm dos orçamentos dos ministérios envolvidos.
A Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, busca agilizar a contratação de brigadistas, equipamentos e aeronaves, além de discutir a possibilidade de obter recursos adicionais para enfrentar a crise.
Marina Silva mencionou a necessidade de revisar normas para permitir o apoio de aeronaves estrangeiras, se necessário, devido à complexidade e extensão das áreas afetadas. A ministra também enfatizou a importância da colaboração entre os Poderes e a sociedade civil para garantir uma resposta eficaz.
O governo se prepara para um cenário prolongado de seca e incêndios, com planejamento estratégico e possível cooperação internacional. A ministra destacou a necessidade de atender às necessidades básicas das comunidades afetadas na Amazônia, como combustível, oxigênio e alimentos, enquanto os rios permanecem com níveis baixos.