O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou dois pedidos de afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). As solicitações baseavam-se em uma perícia que apontou fraude na assinatura do acordo que manteve Rodrigues no cargo. A CBF nega irregularidades e afirma não ter tido acesso à perícia.

Os pedidos foram feitos pela deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e pelo vice-presidente da CBF, Fernando Sarney. A perícia, encomendada pelo vereador Marcos Dias (Podemos), alega falsidade na assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, ex-vice-presidente da CBF, no acordo homologado pelo STF.

Mendes considerou os pedidos "incabíveis", argumentando que as alegações se restringem a leis esportivas e que a decisão que manteve Rodrigues já produziu seus efeitos. O STF julgará o mérito da ação em 28 de maio, focando na intervenção do Ministério Público em entidades esportivas, sem alterar a situação de Rodrigues.

O ministro destacou que o acordo visava encerrar um conflito na CBF, iniciado em 2022, e que não havia suspeitas de fraude na época. Apesar de negar os afastamentos, Mendes determinou que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) investigue as suspeitas de fraude.

A CBF defende a legalidade do processo, critica a "espetacularização" da perícia e afirma que todos os atos foram legítimos. ¹ O Congresso Nacional busca convocar Rodrigues para depor, com acusações de conflito de interesses envolvendo o ministro Mendes e a CBF Academy. ²